quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Oportunidade




Todos os seres humanos merecem, pq os adolescentes não??

A Questão da Identidade

   O meio social no qual o adolescente está inserido, fará com que ele defina suas decisões e suas expectativas em relação a sua identidade. Adolescentes que estão inseridos em situações desfavoráveis, muitas vezes buscam recursos para satisfazer suas necessidades em práticas indevidas à conduta de um adolescente dito "normal"(no sentido de estar vivendo de acordo com os padrões estabelecidos pela sociedade), tornando-se infrator.
    As instituições foram criadas com objetivo de educar e reintegrar a família, a sociedade e logicamente os adolescentes que cometeram infrações.

Representações Sociais & Mídia



   O abandono de crianças e adolescentes por parte do Estado brasileiro, e a visão neoliberal, naturalizam a situação de risco em que vive grande parte dos adolescentes do nosso país, sobretudo  os das classes mais baixas. Violência, drogas, poucas oportunidades de trabalho e de mobilidade social, núcleos familiares fragmentados ou inexistentes, formam um panorama desanimador para boa parte da juventude.
   A infância e a adolescência, da forma como são tratadas hoje pela mídia, passam uma imagem social violenta e criminosa. Imagens de jovens, autores de atos infracionais, amotinados em instituições como por exemplo, a 'antiga FEBEM', representam a soma dos medos da sociedade nos dias de hoje.
  O jovem infrator é representado como alguém naturalmente irresponsável por isso comete crimes; é naturalmente instintivo, por isso descontrolado sexualmente (daí o número crescente de gravidez na adolescência). Uma juventude estigmatizada por essa deplorável representação social.
   A grande responsável por esta imagem é a mídia, que não divulga o sofrimento diário destes adolescentes e suas famílias, que ficam a margens de políticas públicas.
  Pegam determinados atos cometidos por adolescentes e transformam em grandes acontecimentos, que só contribui para afirmar o caráter infrator do jovem.

Medidas sócio-educativas




  Existem denominações criadas pela sociedade, para chamar adolescentes que cometeram ou cometem ato infracional, de vagabundos, delinqüentes, bandidos, marginais e etc.
  Os preconceitos começam a ter uma dimensão maior, e uma ilusão é criada acerca do que realmente acontece. Quais são as maiores e mais frequentes ocorrências que estes adolescntes infratores cometem? Quem são esses adolescentes? E não simplesmente colocá-los como sujeitos perigosos, marginalizá-los e criminalizar a pobreza, como se esta fosse a causa do problema destes adolescentes.
   Para que haja inclusão social de fato, é fundamental o envolvimento familiar e comunitário no processo de inclusão do adolescente, realizar atividades externas e não fazer com que o menor perca a sua vida social na comunidade.
  São medidas socioeducativas: Advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. De acordo com o ECA a medida de privação de liberdade(internação) só deve ser utilizada como último recurso.
   A advertência é executada pelo juiz da infância e da juventude, deve envolver os responsáveis, tem  caráter informativo, formativo e imediato.
   Na medida de obrigação de reparar o dano, esta é feita a partir da restituição do bem, compensação da vítima.
   Na prestação de serviços à comunidade é priorizada a experiência de vida comunitária e os valores sociais, com apelo educativo. É acompanhado por órgão executor.
   A liberdade assistida é uma medida onde há o acompanhamento da vida social do adolescente, mas é importante também o envolvimento deste com a comunidade.
   Na medida de semiliberdade há o distanciamento do jovem do seu convívio familiar e da comunidade, mas não totalmente. Esta medida pode ser utilizada como o intermédiário entre a internação e a liberdade.
    A internação deve ser aplicada somente àqueles adolescentes que cometeram atos infracionais graves.
  As medidas socioeducativas devem estar articuladas em rede, tendo participação das ações governamentais, não-governamentais, da União, Estado e Município. Pois o fato de estarem articuladas permite ações mais eficazes, rápidas e corretas de acordo com o estabelecido no ECA.
  As formas anteriores ao surgimento do ECA, de tratar o adolescente infrator contribuíam para a estigmatização e exclusão destes. Estas medidas e unidades de internação chegaram a serem entituladas de  escolas do crime, por sua ação sem nenhuma eficácia na área pedagógica, social e comunitária, isolava o adolescente e colocava-o em uma situação de risco mesmo depois de terem cumprido a medida.

Adolescentes Problemas


  O ideal é desconstruir o mito existente, a respeito da adolescência no nosso país, que é o mito da adolescência problema, e mostrar que esta fase da vida é uma grande oportunidade de aprendizagem, socialização e desenvolvimento. A partir da desconstrução deste mito, o Estado e as políticas públicas podem oferecer melhores oportunidades para os adolescentes nesta fase da vida.
   Existem denominações criadas pela sociedade, para chamar adolescentes que cometeram ou cometem ato infracional, de vagabundos, delinqüentes, bandidos, marginais e etc.
  Os preconceitos começam a ter uma dimensão maior, e uma ilusão é criada acerca do que realmente acontece. Quais são as maiores e mais frequentes ocorrências que estes adolescntes infratores cometem? Quem são esses adolescentes? E não simplesmente colocá-los como sujeitos perigosos, marginalizá-los e criminalizar a pobreza, como se esta fosse a causa do problema destes adolescentes.
   Para que haja inclusão social de fato, é fundamental o envolvimento familiar e comunitário no processo de inclusão do adolescente, realizar atividades externas e não fazer com que o menor perca a sua vida social na comunidade.